terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Guerreiro Lakota

        O guerreiro lakota                                                                                                                                                                                                                               
                                                                                                                                                                    O bravo guerreiro lakota (A Pantera do Céu ), quando criança tivera uma visão com uma linda mulher com um livro nas mãos. Ele buscara intensamente desde seus setes invernos por essa visão, mas só agora com seus vinte e seis invernos, essa visão se materializara e  tornara real diante de si: A linda e jovem mulher com o livro de capa preta nas mãos!                                                                                                                            E agora em meio aquela imensa confusão, e tiroteios ele a encontrara. Porem como poderia matá-la?E como poderia ainda, deixá-la ir?Um conflito entre o amor e a honra travou-se no seu interior.
 Porém vira nos olhos dela, que precisava deixá-la partir, pelo menos naquela hora, naquele momento. E o orgulhoso guerreiro poupou-lhe a vida. Sabia que seu destino fora previsto numa visão secreta, e que algum dia  se  cruzaria com o dela. E em fim! Nada poderia separar aquele jovem guerreiro índio de sua visão!A mulher com o livro nas mãos! Entretanto, a agitação do sangue em suas veias só seria acalmada, quando Sarah fosse totalmente sua.
Prólogo                                                                                                                                                                                                                                                                Tecumeseh a Pantera do Céu era o grande guerreiro indígena, Quando ainda criança, tivera uma visão de uma mulher branca segurando um livro nas mãos. Ele procurara por muito tempo por essa visão, sempre se relembrando da mulher com o livro. Agora com seus vinte e seis invernos ele se depara com essa mulher.                                                                                               Sarah que vinha da cidade de Montana para se casar com um homem que possuía um rancho nas redondezas de Dakota do sul.                                                                                                     A caravana que ela estava inscrita estava agora sendo atacada por guerreiros indígenas da tribo dos Sioux. Em meios aos ataques dos índios, ela e sua amiga Jenne que se encontrava em suas trinta e nove semanas de gestação seguem em disparada em seu carroção.                                                                                                                    Ao se virar para olhar para traz percebe que os outros viajantes da caravana estão numa luta contra os índios, e o tiroteio não para nem por um minuto, entretanto a chance de escaparem dos selvagens estava sendo agora totalmente impossível. Neste instante constata que quatros deles estão em seus encalces, sem parar de chicotear os cavalos, continua em fuga desesperada, ate que um consegue dominá-los e faz com que se parem de repente. Sarah passa para a parte de traz do carroção onde sua amiga está sentada. Quietas, elas esperam o desenrolar daquele pesadelo. Nota que a frente de sua carroça está dois guerreiros armados com cartucheiras dos homens brancos. Elas escutam quando dois deles puxam o cão das cartucheiras armando-as, prontos para atirarem nelas.                                                                                                                                        Sarah olha para traz da carroça e nota mais dois deles que estavam na mesma posição de ataque. Desesperada, ela se agarra a sua amiga grávida e espera pelo desenrolar da cena.                                                                                                    Muito ela ouvira se  falar dos ataques às caravanas e das mulheres que eram capturadas pelos índios para se tornarem suas esposas. Então com uma das mãos ela pega sua bíblia e a aperta contra o peito arfante. Tecumseh sente-se atraído pela visão da mulher com o livro nas mãos, e por um momento que parecia uma eternidade eles se miram com uma intensidade infinita, numa mágica atração.                                                                                                                       De repente saindo daquele momento de pura magia, ele dá sinal aos que estão à frente do carroção para que saiam do caminho e na sua língua nativa grita para elas seguirem caminho em frente sua viajem.                                                                                                 —Hien! Hien! — disse ele apontando com a cartucheira.                             Sem entender direito aquela linguagem selvagem ela passa para o banco da frente e toma as rédeas nas mãos  e mais uma vez olha para traz e encara o olhar perturbador do índio que mandaram elas seguirem, e mirando-lhe por mais  uns segundos, põe a carroça em movimento a fim de chegarem sãs e salvas a pequena cidade de seus destinos.                                                                                                     O guerreiro continua mirando-a com uma porção de pensamentos devastando lhe o coração e a alma lakota.
            Querida leitora,
Gostaria que você apreciasse esse segundo Romances que escrevo sobre índios, sou apaixonada pelos nativos americanos, e por isso decidi que todos os meus romances serão escritos pensando nesse povo maravilhoso, eles fazem lhe parte de nosso mundo mágico da literatura romântica indígena. Espero satisfazer o seu maior sonho, está na sua imaginação o poder de se sentir-se nos braços fortes desse guerreiro indígena, Tecumeseh a Pantera do Céu.
Um beijo bem grande de sua mais nova autora,                                  Irma Rosa

                       

                          Capítulo 1                                                                                                                   


   Sarah continuava sem entender como  escapara da morte naquele dia, pois todos os outros foram banidos, massacrados pelos guerreiros indígenas, só sobreviveram ela e sua amiga Janne.                                                                                        Se não fosse pelo encantador guerreiro que trazia na cabeça as três penas de águia, e o rosto pintado como o de uma pantera, elas teriam sido abatidas como duas pobres criaturas indefesas.                                                                                        
  — Socorro! Podem me ajudar, tem uma mulher aqui comigo que precisa de um medico urgente! — Sarah grito ao entrar na pequena cidade com seu carroção.
Nesse momento alguns homens vieram a seu socorro, pegando Jesse nos braços carregaram-na ate o consultório do medico que atendia naquela cidade, pacata.
— Fomos atacados por índios selvagens, só nós sobrevivemos, os retos da caravana estão todos mortos agora. — Sarah disse arfante. — Ela vai ter o bebê?                                                                                                                                         — Sim já esta na hora da criança nascer! — respondeu o doutor examinado a grávida.
Já se passara mais de meia hora, depois que ela chegara ali, e ela ainda não vira seu irmão Clarke, ele era o pastor daquele lugar. Tinha se casado com uma linda jovem da região circunvizinha, e morava uma linda casa ao lado da igreja, tinha uma filha, e sua esposa estava esperando o segundo filho deles.
— Olá! Você gostaria de vir comigo, vejo que não tem lugar para ficar. Poderia me acompanhar até minha casa. — disse Mary, uma jovem que ajudava o doutor a cuidar dos doentes.                                                                                                                                                                                           . — Oh! Meu nome é Sarah Hunter, e meu irmão é o pastor daqui, agradeço-lhe o convite, porem, tenho onde ficar.Poderia me ajudar a encontrar-me com meu irmão? — ela pediu com suavidade.
. — Verdade?Então é você que se casará com Davidson Wilson, no próximo sábado? — Mary perguntou surpresa.
— Bem, eu ainda não o conheço, mas se tudo der certo entre nós, provavelmente teremos um casamento no próximo sábado! — Sarah disse com um pouco de constrangimento na voz. Certamente todos daquela cidade já sabiam da novidade.Ela pensou.                                                                                           —   Eu poderei levá-la ate seu irmão. Se você quiser.    —  Mary se ofereceu.    
— Claro que quero! Só preciso me despedir de minha amiga e iremos em seguida.
— Janne,minha querida,não se preocupe com nada,tudo correu muito bem!Sua filha é linda! — Sarah disse tomando a mãos dela entre as suas.
— Você foi muito corajosa Sarah, obrigada por nos trazer salvas daquele horrível ataque de índios. Colocarei  seu nome em minha filha, como forma de agradecimento, por ter salvado nossas vidas! — ela disse com lagrimas nos olhos.
— Para mim será uma honra. Mas se não fosse aquele índio que nos deixaram partir, não estaríamos aqui agora!
— É verdade! Por que será que nos deixaram escapar vivas?Sendo que massacraram todo o resto do pessoal? — Janne perguntou confusa.
— Eu não sei querida, mas graças a Deus estamos vivas!No entanto eu fico triste pelos outros.
— Eu também! Pra onde vai agora?
—Vou procurar meu irmão e você tem aonde ir?                                                                                                       —Sim meu pai virá me pegar hoje à tarde.                                                                                                           — Neste caso então, até mais ver, e cuide bem do seu bebê. Tenho que ir agora querida. — Sarah disse beijando-lhe o rosto.
— Até, e obrigada mais uma vez.
Sarah saiu junto com sua mais nova amiga Mary em busca de seu querido irmão, porém ele já vinha em seu encontro com os braços abertos para abraçá-la.
— Minha pequena Sarah Hunter! Como você cresceu! — Clarke disse abraçando a irmã.
— Clarke você esta muito bem como pastor! Vejo que deixou sua vida libertina e se consertou. — ela brincou.
— Ora mana assim você vai acabar com minha reputação aqui como o pastor dessa cidade! — disse com voz brincalhona. —   Como vai Mary?
—  Muito bem e o senhor pastor Hunter?   —  Mary respondeu delicadamente.                                                                                                                                    —   Bem obrigada. — voltando a olhar para a irmã, ele perguntou—    Bem, mana está pronta para conhecer seu futuro marido?Poderemos deixar sua bagagem em casa e seguir ate a fazenda dele, pois ele não se cansa de me amolar, perguntando por você.
— Nossa! Ainda bem não cheguei e você já esta querendo se livrar de mim! — Ela brincou lhe dando um beliscão nas costelas.
— Ai essa doeu! Não sou eu que quero me livrar de você não mana. È o Davidson que não me dá sossego hora nenhuma. Ele pensa que já esta ficando muito velho para se casar, e não quer perder você agora que a encontrou.
Clarke e Sarah seguiram juntos ate sua casa ao lado da igreja onde pastoreava. La ela conheceu a cunhada e a sobrinha, depois partiram na charrete  dele rumo à fazenda do seu futuro marido.
Sarah seguia em silêncio deixando o irmão contar a ela todas as novidades, pois se encontrava perdida em meios aos seus pensamentos. Ela ficara cativada pela visão magnífica do índio que havia poupado-lhes a vida. Ele era uma espécie extraordinária, montado naquele garanhão selvagem, fazia juz daquela beleza acobreada. Seus olhos captaram todos os detalhes do rosto e corpo do selvagem. Desde os mocassins de cano longos, a tanga de couro de gamo, as pernas musculosas, o peito nu de musculatura rija, pintado de riscas vermelhas e pretas, o rosto era pintado como o de uma pantera. Ela ficara deslumbrada, com os mínimos detalhes que fazia daquele perfil um homem muito lindo de se ver. O nariz anduco,parecendo com o bico de uma águia,as maças salientes com os molares cerrados fortemente, demonstrava  inclemência ,o queixo forte,e os lábios carnudos que agora,ela muito se lembrava,estavam firmes parecendo um risco apenas .Os longos cabelos negros como a noite caiam soltos esvoaçantes pelas costas,um arranjo com três penas erguidas na parte de trás na altura da cabeça dava um toque especial,e o fazia parecer diferente dos demais companheiros.Os olhos eram muito mais muito pretos,e estava olhando diretamente para ela,como se quisesse devorá-la a ponto de trespassar-lhe a alma.Sarah notou o pulsar da veia no pescoço e a ondulação dos músculos no peito quando ele respirou profundamente,na hora em que decidira deixá-las partir.
— Porque você está tão calada minha cara irmã?Não falou nada desde que saímos da cidade. Esta sentindo alguma coisa? — O irmão pergunta-lhe tirando-a daquele devaneio, e fortes lembranças vividas naquele dia.
— Me desculpe! Não foi nada, eu apenas estava apreciando a paisagem, enquanto você falava. —ela se desculpou sentindo-se culpada por não ter ouvido quase nada que o irmão lhe falava.
— As terras de Davidson não são muito extensas, mas a sua propriedade fica em um lugar muito bom. Ele mesmo construiu a casa, fica próximo ao riacho onde os animais dele se abastecem de água.
— Ele deve ser um ótimo rancheiro. — ela disse sem muito entusiasmo.
Ao se aproximarem da construção, ela avistou-o no telhado, devia estar consertando-o, logo que os vira ele começou a descer a escada que fora colocada junto à varanda do lado da frente da casa.                                                                                                                                                            Ela percebeu que o irmão sorria abertamente para o homem que descia do telhado e caminhava em direção a charrete que ele acabara de estacionar próximo de uma arvore frondosa.
— Clarke! Que bom que vieram. — ele disse olhando a jovem sentada ao lado do irmão.
— Eu prometi que eu viria, e traria Sarah comigo. Davidson esta é minha irmã Sarah Hunter. — ele disse ajudando ela a descer da charrete.                                                                                                              — Olá srta. Hunter! É um prazer conhecê-la. — disse retirando o chapéu da cabeça e segurando-o em ambas as mãos.                                                                                                                              —Sr. Wilson! Como vai? — ela retribuiu o comprimento sorrindo delicadamente.
— Bem vou deixá-los a sós para se conhecerem melhor, pois tenho que fazer umas coisas lá na igreja. — despedindo do futuro cunhado ele disse a irmã: — Ele a levará de volta a minha casa assim que tiver tudo resolvido entre vocês, e os preparativos do casamento forem acertados, está bem pra você?
— Oh!Sim claro, creio que não vamos demorar alem do necessário. Não e mesmo Sr. Willson?
— Claro, assim que tiver tudo acertado, eu a levarei. —ele afirmou.
Logo que o irmão  partiu, ela ficou um pouco sem jeito por ter ficado a sós com um completo desconhecido, porem ele devia ser muito conhecido de Clarke, pois ele parecia confiar muito no amigo, a ponto de deixá-la sozinha com ele.
— São azuis? — ela exclamou.
— O que disse? — ele perguntou espantado.
— Seus olhos, são azuis! — ela completou sorrindo.
— Oh! Sim claro, entendi agora. — disse ele sorrido, mostrando um sorriso muito sincero. — Gostaria de entrar, acabei de fazer uma deliciosa limonada! — ele convidou dando lhe o branco para ela o acompanhar.
— Adoro limonada, seria muito refrescante, pois tamanho é o calor que se faz aqui neste lugar.
—Onde você morava era mais frio, eu suponho.                                                                                                        — Sim, onde eu morava era muito frio.  — ela reparou no interior da casa, que era muito acolhedor.                                                                                                            — E então, Srta. Hunter, ainda quer se casar comigo? — ele lhe perguntara serio.                                                                                                                                       — Sim, seria uma honra para mim, ser sua esposa, Sr. Wilson.                                                                                     — Depois que nos casarmos, poderá escolher melhor a decoração,e outros móveis que estiver faltando,sabe como é homens não sabem nada de decoração.                                                                                                                                  — Não se preocupe pra mim está tudo bem assim, como você planejou. — ela disse sorrindo, e observando os moveis da casa.                                                                                                                           — Bem então fica tudo arranjado para nos casarmos sábado próximo, está de acordo Srta. Hunter? — ele lhe perguntou admirando seu rosto jovial.                                                                                  — Para mim está perfeito!Agora precisa me levar de volta, tem algumas coisas para terminar de fazer para o dia do nosso casamento.                                                                                                              — Claro, podemos ir agora mesmo, só preciso preparar a charrete.
Já era noite quando chegaram à casa do irmão de Sarah, depois que todos haviam jantado, Davidson se despedira e partira para sua casa. Clarke e a esposa deram idéias de como poderia arranjar tudo para que o casamento saísse dentro da data prevista.
Sarah ficara encantada com a pequena família do irmão, admirava como ele e a esposa dava-se tão bem, e como a sobrinha era uma criança adorável e carinhosa. Só restava o irmão como parente próximo dela, seus pais haviam morrido quando ela e o irmão ainda eram adolescentes. Depois que Clarke partira, ela fora morar com uma tia até aquele momento em que o irmão lhe arranjara o casamento com Davidson. Sentira-se muito sozinha desde quando o irmão tinha decidido estudar teologia para ser pastor, esse era o sonho dele, e que muito ele se sentia realizado até aquele momento, disse ele entusiasmado, em todas as cartas que ele lhe escrevia. Viram-se poucas vezes desde que ele havia partido.
Agora ela se sentia muito feliz em estar perto novamente do irmão, junto de quem lhe restara mais próximo da família. E estava pronta para começar uma nova vida ao lado do homem que o irmão escolhera para ser seu esposo. E que Deus lhe ajudasse a ser feliz e fazê-lo feliz também.
Faltava apenas um dia para o casamento, quando sua nova amiga Mary a convidara para irem escolher o vestido que ela usaria ,pois fora convidada por Sarah para ser a dama de honra. Ela não tinha trazido muito dinheiro, e teria que usar uma coisa bem simples no casamento, porém quando Mary a vira escolhendo o vestido simples de algodão branco com estampas azuis, e foi logo dizendo.                                                                                                                — Seria um prazer se você aceitasse isso como um presente meu para você, em gratidão de sua amizade. Quero que seja a noiva mais linda do mês!— Mary disse mostrando um lindo vestido branco com bordados de rosas lilás.
— Nossa, é maravilhoso Mary! Mas não seria muito caro? — ela disse admirada com a beleza do vestido.
— Não se preocupe Sarah, eu não teria aonde ir mesmo, vestindo esse vestido, se precisar de alguns ajustes, a Sra. Constância dará um jeito para que fique bem em você.  Agora teremos que arranjar umas flores para a grinalda e o buquê. Ah! E um lindo véu. —Mary falou sorridente.
.O vestido ficara perfeito em Sarah, e a cerimônia fora simples, porém tudo saíra como o planejado, fora realizado às dez horas da manhã, assim que os noivos receberam os cumprimentos, rumaram-se para a casa de Davidson, que agora também seria dela.
Já era noite quando ela terminara de ajeitar as coisas na casa e prepara o jantar enquanto Davidson cuidava dos animais e dos afazeres lá fora. Ao terminarem de jantar, sentaram-se no sal de estar da casa para conversarem um pouco.
— Gostaria de ir se deitar agora, Sra. Willson?
— Eu gostaria de pedir um favor, poderíamos dormir esta noite separados? — ela não estava ainda preparada para dividir uma cama com o marido
— Claro, se assim desejar. Eu a compreendo, afinal de contas temos muito tempo pela frente para você ir se adaptando com sua nova vida de mulher casada. Eu dormirei no quarto de hóspedes.
— Eu lhe agradeço muito pela compreensão. Sr.Willson, o senhor é muito gentil.
Ele sorriu amigavelmente para ela e despendo-se com um beijo suave nos lábios dela, ele fora para o quarto de hóspedes deixando-a no quarto do casal sozinha em meios aos seus pensamentos.
O dia estava lindo, com o céu cheio de nuvens brancas salpicadas de azuis, Sarah levantara bem cedo para preparar o desejum matinal, enquanto Davidson tomava seu café e se preparava para os afazeres diários. Teria que ir ate a cidade comprar alguns mantimentos que estavam precisando na fazenda. Dissera à esposa que não iria demora muito voltar, iria aproveitar que Mary tinha acabado de chegar para lhe fazer companhia.
— Me diga minha cara Sarah, como está indo sua vida de casada?Davidson se comportara direitinho? — ela perguntou com malicia.
— Ele é um perfeito cavalheiro, e por falar nisso porque você ainda não se casou?
— Eu prefiro aproveitar a vida de outras maneiras, quero conhecer o mundo ainda minha cara, antes de me casar. E aqui não há homens disponíveis que queiram se casar. — ela brincou, olhando enquanto Sarah colocava uma forma de pães no forno para assar.
De repente a porta da frente fora quebrada com um pontapé, e elas gritaram quando dois índios adentraram na cozinha e correram até elas agarrando-as com braços fortes, arrastaram-nas para fora da casa onde mais oito guerreiros armados de rifles e arco com flechas pontiagudas estavam esperando para partirem com elas. O captor de Sarah colocou-a sobre o seu cavalo sem sela e sentou atrás dela passando os braços fortes em volta da cintura fina dela.
Mary também fora colocada no lombo do cavalo do seu captor e forçou-a a ficar quieta, pois se debatia sem parar contra o peito musculoso do índio. Quando todos partiram a galope Sarah gritara pelo marido, que estava longe nada adiantava ela chamar por ele agora.
— Davidson!
— Davidson! Socorro!
De que adiantaria grita agora, se ninguém poderia ouvi-la. O seu captor estava à frente com ela entre os braços e as pernas musculosas, como poderia escapar?Era o mesmo índio que havia poupado-lhe a vida, o que ele queria agora com ela?
— Sarah!São os mesmos índios que atacaram a sua caravana? —Mary perguntou aflita.
— Sim são eles, mas não compreendo porque eles voltaram para mim pegar,se me deixaram partir com vida.
— Não sei amiga, mas o que vamos fazer agora?
— Não fique com medo, Davidson  e meu irmão vão pedir ajuda para nos procurar ate nos  encontra. — ela tentou tranqüilizar a amiga, mesmo sendo que ela estava apavorada também.
Fora uma longa viagem, não se lembrava mais quantas horas tinham cavalgado, só pararam poucas vezes para descansarem e beberem um pouco de água. Sarah e Mary se encontravam ajoelhadas a beira do rio que  cortava todo território das montanhas rochosas, bebiam com sofreguidão, água com as mãos. Sarah fora puxada pelo braço e obrigada a se levantar para tornar a montar o cavalo do seu captor. Ao terminar de amarrar suas mãos novamente, ele a encarou por alguns instantes, porem ficara furioso quando ela lhe cuspira em seu rosto. Ele soltou uma exclamação furiosa e deu sinal para todos montarem para partirem.                                                                                                                                            Já era noite quando chegaram à aldeia dos índios. E ao chegarem foram aproximando uma multidão na frente do acampamento para receber a volta dos guerreiros. Velhos, homens mulheres e crianças, todos curiosos para verem quem eram as duas mulheres estranhas que eles traziam com eles. Ao descer de sua montaria, o captor de Sarah falou ao povo.
— Voltamos de nossa excursão, foi como planejei. — disse apontando para Sarah, que olhava sem entender o porquê das palavras do índio.
De repente Sarah fora brutalmente puxada do lombo do cavalo por uma índia, e lançada no chão duro e dando pontapés em suas costelas, soltava gritos de escárnios.
— Sarah!Pare com isso, largue-a sua índia imunda!  — gritou Mary que fora retirada do lombo do cavalo e fora colocada no chão pelo guerreiro que a tinha capturado.                                                                                                                                 — Pare com isso, Essa mulher pertence à Tecumeseh!Ele decidirá o que fazer com ela. disse um índio idoso que carregava nas mãos um tacape decorado com penas coloridas.
Tecumeseh!Cuide dela.
— O que está fazendo? — perguntou para a índia que agredira Sarah.
— Você se esqueceu que foram os brancos que mataram os meus e seus pais? — ela perguntou agressiva.
— Não eu não esqueci. — ele respondeu e puxara Sarah pelo braço retiraram-se dali.